1. Fixação: o exame histopatológico começa com uma boa fixação do tecido ou orgão retirado do seu corpo, evitando a autólise natural. Deve ser levado ao laboratório, preferencialmente, no mesmo dia. Há peças que precisam de preparo especial. O líquido-fixador mais utilizado em patologia cirúrgica é a formalina a 10% tamponada. Assim o patologista poderá estudar melhor e seu resultado ser mais preciso. A boa fixação também preserva moléculas de interesse.
1 – Depósito de plástico rígido
2 – Boca larga com tampa segura e vedada
3 – Tamanho proporcional: peça e fixador (1/10)
4 – Etiqueta de identificação (não colocar na tampa)
2. Macroscopia: é o exame a olho nu ou com lupa, sendo identificado o órgão, parte dele e a lesão. Nesta fase, ocorre a seleção das amostras para o estudo microscópico. Tais amostras são armazenadas em cápsulas na formalina 10% até a etapa seguinte. O material cirúrgico geralmente é entregue ao laboratório no fixador formalina.
3. Processamento: nesta etapa, as amostras coletadas na Macroscopia passam por um aparelho automático chamado Processador de Tecidos, que contém álcool, xilol e parafina líquida. Irá ocorrer desidratação (álcool), diafanização (xilol) e impregnação (parafina). Os espaços vazios da água são preenchidos por parafina, formando blocos com tecido endurecido.
4. Microtomia/Microcorte: agora, em um aparelho chamado Micrótomo, os tecidos dentro dos blocos de parafina são cortados em microcortes pelo(a) histotécnico(a), em fitas muito finas (transparentes), colocados em lâminas e tingidos com corantes especiais (Hematoxilina-Eosina, Giemsa, PAS, etc).
5. Microscopia: neste momento, as preparações histológicas (lâminas com tecidos) finalmente são examinadas pela(o) médica(o) patologista especializado(a), que será responsável pela interpretação histopatológica (em aparelho de microscopia óptica de alta resolução) a qual poderá ser complementada com outras preparações em lâminas para exame imuno-histoquímico (IHQ) ou coloração especial. O diagnóstico final é uma correlação dos achados morfológicos (macro e microscopia), acrescido dos informes clínicos e da experiência da(o) patologista que fará as associações necessárias para o laudo assertivo final, definindo sua doença, orientando o tratamento e o prognóstico. Maioria de nossos laudos é acompanhada de imagens microscópica e/ou macroscópica, revalidando o diagnóstico.
6. Arquivamento: por fim, as lâminas e os blocos histológicos continuam sendo arquivados em nosso laboratório durante o período de 10 anos (o Código de Defesa do Consumidor-CDO exige apenas cinco anos de guarda).
